segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Redação recebe informações sobre crimes impunes em Itajubá

         
         
            Antônio é o nome fictício utilizado para preservar a identidade da pessoa que procurou a redação do jornal Gazeta do Vale, logo após saber da morte da universitária Déborah Oliveira de 18 anos em Itajubá no dia 14 de agosto.
A jovem desapareceu ao sair da Universidade Federal de Itajubá por volta das 21h. Ela foi encontrada morta com marcas de estrangulamento por volta das 17:30h, no 2º piso de uma casa em construção na Rua Alameda Esperança, no Bairro Morro Chic.
Segundo a polícia, há suspeita de que ela tenha sido estuprada. No momento em que o corpo foi encontrado, um andarilho saía do local. Com ele, os policiais encontraram uma sacola com peças íntimas femininas e uma delas era de Déborah segundo a irmã. A Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias do andarilho de 36 anos. As investigações do caso seguem em sigilo. 
Essas são as informações fornecidas até o momento sobre o crime. Insatisfeito com a falta de segurança em diversos bairros de Itajubá, Antônio decidiu contar o que sabe: “tenho dois amigos, que foram assaltados por cinco usuários de drogas e espancados no mesmo lugar, isso há mais ou menos dois meses. Um deles chegou a ser hospitalizado. Porém, na delegacia o mais impressionante é que os assaltantes que eram maiores de idade saíram rindo pela porta da frente. Saíram antes mesmo da vitima que ficou lá por algumas horas prestando depoimento”, conta.
Esse assalto ocorreu meia noite e uma hora, no começo da alameda da esperança, na região do BPS.
Antônio lembra que a região em questão é uma área nobre da cidade, onde se concentra a classe média alta e estudantes: “toda semana tem alguma casa assaltada aqui no bairro. Os mais frequentes são cometidos por usuários de droga, eles invadem nossas casas e roubam bicicletas, motos, fazem ameaças com arma de fogo”.
Ele diz que a própria PM sabe como funciona a prática e nada é feito para coibir esse tipo de ação: “quando tive minha residência invadida, o policial ainda me explicou como funciona. Eles ficam no morro do hotel Coroados, local com muito mato. De lá eles observam as casas, movimentação, rotina. Com a lista telefônica, conseguem o numero e ligam, quando ninguém atende, eles invadem descendo pela própria mata”.
Outro local apontado por ele como rota de fuga dos criminosos é o final da Rua Francisco Masseli na BPS, onde tem um terreno de mata fechada que dá acesso ao bairro de Vila Isabel.
Para Antônio, a falha na segurança acontece principalmente por conta da lei seca: “disponibilizam quase todo o contingente deles em uma mega operação que acontece varias vezes por semana para prender pessoas alcoolizadas. Eu apoio a lei seca sim, desde que a segurança esteja ok. Literalmente abandonaram a população que ficou a mercê dos criminosos”.


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