segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Projeto de quadra liberado pelo MEC não atende às necessidades de escola


Uma verba no valor de R$164 mil foi liberada pelo FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, para a construção de uma quadra coberta, estruturada com arquibancadas, palco e banheiros na escola Estadual ‘Eulália Gomes de Oliveira’, em Paraisópolis. O problema é que a estrutura do projeto apresentado pelo MEC não atende às reais necessidades da escola que conta com turmas de até 40 alunos por classe.

A planta apresentada, apesar de muito boa, limita o espaço físico de jogo por conter palcos e banheiros. O terreno disponível para construção tem 17 metros, sendo que apenas 15 metros correspondem a quadra, isso sem descontar a área de recuo, dos banheiros e do palco. Caso seja construída, por ser uma obra do estado não poderão ser executadas modificações como foi dito pela Secretaria de Educação de Itajubá, de onde Paraisópolis é subordinada.
Para discutir o assunto, foi convocada uma assembléia entre pais, funcionários, professores e alunos no dia seis de setembro. Esteve presente também, o engenheiro Henrique, responsável pela empresa vencedora da licitação, que apresentou o projeto alegando sua viabilidade. Em contrapartida, os professores de educação física Laura e Pedro, expuseram as reais condições de aulas. Laura atua como professora na Eulália há 11 anos e conhece de perto a luta para conseguir a verba, porém atesta a impossibilidade de trabalhar com um grande número de alunos em um espaço tão reduzido. Pedro, acostumado com o dia a dia na escola garante que o projeto não atende a realidade escolar: “não precisamos de banheiro na quadra e palco, precisamos de um espaço coberto para trabalhar. Não trabalho com alunos dentro do banheiro”, explica ele.
Dadas as circunstâncias, a escola pleiteia a devolução da verba e solicitaram a construção apenas de um pátio coberto, sem nenhum dos recursos oferecidos no interior. Apesar de saberem das dificuldades que serão mais uma vez encontradas, os professores optaram por essa decisão, já que a quadra não trará os benefícios esperados.
A diretora Rosemara assinou um termo de compromisso em maio desse ano na presença de Ana Lúcia Gazola Secretária Estadual da Educação. Em julho, aconteceu o processo de licitação. A Empresa Guanandi saiu vencedora e ficou responsável por arquitetar o projeto.
Como representante da escola, a diretora foi em busca da democracia: “eu, como diretora, não devolvo verba quem devolve é a comunidade. Não vou assinar a devolução”. A quadra é ruim? É. Vem outra verba? Não sei”, explica ela, preocupada com a decisão.
Outra preocupação é com relação ao prazo de início das obras que já está correndo: “a decisão precisa ser tomada com urgência”, afirma ela.
Os alunos que estavam presentes na reunião são unânimes: “preferimos jogar no sol que em uma quadra menor do que essa”.
Wagner Alexandre de Oliveira da superintendência regional de ensino de Itajubá, que esteve presente no anúncio da liberação da verba, não pode comparecer no dia da reunião.




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