sábado, 4 de fevereiro de 2012

Show com a trupe ‘O Teatro Mágico’ emociona em Paraisópolis

Fernando Anitelli fala com exclusividade com a Gazeta do Vale

A noite do dia 24 de janeiro foi marcada por muita emoção diante da apresentação do grupo independente ‘O Teatro Mágico’.
Em quase duas horas de puro espetáculo, o grupo apresentou canções do disco antigo e do novo projeto, “A Sociedade do Espetáculo”.
O grupo fez sua segunda apresentação em Paraisópolis e reuniu centenas de pessoas no asfalto da Praça da Matriz.
Antes da apresentação, o jornal Gazeta do Vale obteve uma entrevista exclusiva com o vocalista e criador da trupe: Fernando Anitelli.
Primeiro ele nos falou da alegria de poder levar sua música às pessoas e da sensação de fazer um espetáculo com entrada franca: “é sempre uma alegria, mas a gente prefere quando a apresentação é de livre acesso ao público porque a gente consegue conhecer e dialogar melhor com as pessoas”. Para ele, esse tipo de evento possibilita o contato com pessoas que não conhecem o OTM: “ás vezes a pessoa que não sabe quem é O Teatro Mágico, não ouviu no rádio não viu na TV, não sabe do que se trata se é uma peça, um teatro que vai ter um mágico, explica.
Em uma entrevista à um blog de cultura musical, certa vez, Fernando disse que para uma experimentação sonora, ‘é preciso não ter medo de fazer suco com sal’. Questionado sobre a frase ele brinca: “na verdade suco com sal deve ser uma bosta, mas o que eu quero dizer é que a gente não pode deixar de experimentar, a gente não pode deixar de arriscar as coisas e misturar.
Ele conta um pouco da dificuldade de trabalhar com música, circo e poesia no Brasil: “você imagina juntar tudo numa coisa só e quer fazer o negócio vingar, é mais difícil ainda”, argumenta.
Como a trupe é mesmo inovadora, ele afirma que a dificuldade é que faz com que eles misturem “maracatu com violino e drive de rock na roll com poesia”. Mas diante desse ‘suco com sal’, ele assume que tem medo: “medo dá e eu acho que o grande tesão da coisa, a gente jamais achar que o que a gente tá fazendo tá bom o suficiente”. Para ele, o artista que insiste sempre na mesma coisa vira couver de si mesmo.
A qualidade de suas canções e apresentações é inegável. Fernando explica como manter uma produção independente no mercado competitivo de hoje: “O nosso trabalho é acessível, é gratuito, nosso cd, nosso DVD você pode baixar tudo pela internet, mas quando o cara vem no show ele vê que o preço é acessível, então porque que eu não vou levar? Se você for honesto com a sua obra, honesto com o seu público, a partir daí coisas colaborativas e fabulosas podem acontecer, é o que acontece com O Teatro Mágico”.
Para finalizar questionamos Anitelli a respeito da canção ‘Felicidade’, feita a partir de uma poesia do poeta Sérgio Vaz, companheiro da banda. Nela são apresentadas várias definições para felicidade. Então o seria felicidade para OTM?
Nesse momento, restando alguns poucos instantes antes de subir ao palco, Fernando olha para o céu e responde com outro verso do poeta: “felicidade é a gente acreditar que milagres acontecem quando a gente vai a luta”.
É mantendo esse modelo crítico que Fernando Anitelli envolve o público e vai a fundo em questões como a desigualdade social.
Fernando apesar de achar que em algumas situações ‘Esse mundo não vale o mundo’, provado a partir dos gritos da ‘terra mãe que nos pariu’, demonstrou otimismo na forma da canção, ‘Amanhã...será?’ que diz que o ‘jasmim urge do solo sem medo’. Despertando os sentimentos bons que moram dentro de cada um ‘enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar’. Prova que ainda há esperanças, ‘o fim é belo incerto... Depende de como você vê’.
Cada frase cantada, faz um som diferente, ecoa em nossa mente problemas cotidianos e nos faz sentir o peso de nossas responsabilidades diante do mundo!




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