terça-feira, 10 de abril de 2012

Os tempos mudaram. Os homens também

Você já deve ter se deparado com o termo ‘metrossexual’, não é mesmo? A Metrossexualidade' ou o metrossexualismo surgiu no final dos anos 90 e se popularizou por volta de 2003. Sua origem é inglesa e representa a junção dos termos ''sexual'' e ''metrópole'. Esse ‘novo’ homem vive em um mundo onde não somente as mulheres têm direito à vaidade. Ele é caracterizado por uma maior preocupação com a aparência.
Hoje em dia, grande parcela da sociedade já se acostumou com o novo termo e defendem a ideia de que homem que se preocupa com a aparência e tendências da moda não necessariamente é homossexual.
Para o estudante de medicina veterinária, Carlos Augusto Carvalho de 22 anos, quem vê com maus olhos os homens que se cuidam um pouco mais é justamente aquele que não se preocupa com a própria imagem. Para ele, cuidar da aparência vai além da vaidade: “é importante até mesmo na hora de arrumar um emprego”.  E ele está certo! De acordo com um estudo sobre 'O Impacto Socioeconômico da Beleza', realizado pela UFF (Universidade Federal Fluminense), desde a década de 80 a beleza se tornou aspecto fundamental no mercado de trabalho. O estudo indica que as pessoas 'bem cuidadas' conseguem obter uma remuneração de 5% a 10% superior a das pessoas consideradas de 'aparência simples'.
É isso também que pensa Douglas Mendes de 31 anos, que gosta de se sentir limpo, cheiroso, e bem vestido e diz que nunca foi desleixado: “penso que aparência não é tudo, mas ajuda muito quando se procura um emprego. O funcionário de uma empresa também compõe a imagem dela”, explica.
Outro ponto fundamental levantado por ele é com relação à ligação entre vaidade e homossexualidade: “vaidade para mim não está ligado a virilidade, e sim a auto-estima e higiene”, afirma Douglas.
E sabe quem está satisfeita com esse pensamento masculino? As mulheres.
Gabriela Vieira, estudante de 20 anos diz que não vê problema algum na vaidade masculina e afirma que para ela isso nada tem a ver com masculinidade: “os homens vaidosos chamam muito mais atenção, acho interessante eles se preocuparem com a aparência”, conta.  Para ela a vaidade é para todos: “conheço vários homens que se bobear levam mais tempo que mulheres para se arrumar e nem por isso é homossexual”, argumenta.
Para ilustrar podemos citar como exemplo o jogador de futebol, David Beckham. A rotina do atleta encaixa-se nos padrões do comportamento metrossexual. Outro exemplo bastante conhecido é o galã hollywoodiano Brad Pitt. Podemos dar sequência a essa lista citando: Zac Efron, Johnny Depp,  Ashton Kutcher, Tom Cruisi, Cristiano Ronaldo entre muitos outros que já se renderam à vaidade.  
O crescimento no número de adeptos assumidos da metrossuxualidade fez com que a indústria se voltasse para esse público em ascensão. Além do mais, o homem vaidoso geralmente é bem colocado profissionalmente e gasta até 30% do seu salário para se cuidar.
Uma pesquisa realizada no final de 2010 constatou que no ranking mundial de consumo de produtos para os homens, os brasileiros ocupam a segunda posição, perdendo apenas para os norte-americanos.

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