quarta-feira, 23 de junho de 2010

Nutricionista fala sobre a proibição de guloseimas nas escolas


Silhuetas arredondadas, distúrbios alimentares e obesidade. Foi-se o tempo em que esses eram problemas do mundo adulto.
O assunto não é novo, mas as estatísticas são, e preocupam.
A cada ano pesquisas comprovam que o número de crianças que sofrem algum problema relacionado à alimentação é maior.

A preocupação com o tipo de alimento que as crianças consomem também chegou às cantinas escolares, e pensando nisso foi criada em setembro do ano passado a “Lei da merenda saudável”, sancionada pelo Governo de Minas, que passou a vigorar em 4 de março desse ano. De acordo com a lei as instituições de ensino ficam proibidas de vender alimentos pouco nutritivos e com altos teores de calorias, gorduras, açúcar e sal.
Por enquanto a lei tem caráter de orientação e adequação das cantinas, que terão seis meses para adaptar os cardápios.

A nutricionista Rogéria Camila Custódio Toledo faz um alerta para alguns problemas de saúde relacionados a alimentação como diabetes, hipertensão e a má formação do esqueleto: “É preciso tomar cuidado com os excessos de certos ingredientes como o açúcar, sal, sódio e gorduras que acarretam essas e outras doenças.”
A especialista explica que nessa fase de crescimento as necessidades nutricionais relativas ao tamanho da criança são altas e o atendimento a nutrição nesta época é muito importante para a saúde durante vida.

Outro fator importante relacionado aos alimentos é o com relação ao desempenho mental das crianças: “é comprovado que uma alimentação saudável e balanceada auxilia no desempenho escolar do aluno” ,“fica claro o interesse que as escolas tem em promover hábitos alimentares saudáveis, principalmente quando se tratando de crianças que são pessoas em formação física e comportamental.”

Na faze de crescimento as crianças precisam de quantidades maiores de alguns micronutrientes, e a dica da nutricionista é investir em cálcio, ferro, zinco, vitamina. C e vitamina. A, que provavelmente estarão baixos ou deficientes.
Com relação a nova lei, Camila acredita que para essas mudanças de hábitos, as instituições devem viver isso no dia a dia não só na teoria: ”a mudança deve mesmo começar pelos “barzinhos” e cantinas, dando preferência a alimentos saudáveis como frutas, verduras, cereais integrais e lanches e sucos naturais em substituição as guloseimas que são as famosas “calorias vazias”, que nada mais são que alimentos que não fornecem nutrientes e nem vitaminas além de tomar o lugar de alimentos saudáveis e trazer malefícios se consumidos em grande quantidade.”

A escola ou a cantina que não cumprir a lei está sujeita a infração prevista no Código Sanitário Federal.

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