terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Paraíso’ sedia chegada de uma das maratonas mais difíceis do país


A Ultramaratona BR-135 está em sua 8ª edição e, desde 2009, integra o calendário festivo de aniversário de Paraisópolis. Idealizada pelo ultramaratonista Mário Lacerda, a primeira largada aconteceu em Poços de Caldas e posteriormente o percurso adotou o mapa da trilha de peregrinação Caminho da Fé, transferindo seu ponto de partida para São João da Boa Vista, no estado de São Paulo.
A Ultramaratona faz parte da copa do mundo das corridas e o percurso íngreme da Serra da Mantiqueira tornou-a um dos trajetos mais difíceis do Brasil. Apenas 20 dos seus 217 km são percorridos em superfície plana. O tempo estipulado para finalizar o trajeto pode chegar a 40 ou 50 horas.
A copa do mundo é dividia em três modalidades: Badwater Ultramarathon, corrida no Deserto do Vale da Morte, na Califórnia; Arrowhead Ultramarathon, corrida no gelo em Minesotta, no norte dos EUA; e BR-135 Ultramarathon, corrida nas montanhas.
O evento ganha novos adeptos a cada ano e leva o nome do Sul de Minas a diversas partes do mundo com a participação de atletas da Austrália, Argentina, Bolívia, Estados Unidos, Nova Zelândia e Reino Unido. A primeira corrida contou com apenas 10 atletas e hoje o número de inscritos passa de 170. O ponto final da corrida foi a Praça da Matriz de Paraisópolis, no dia 19 de janeiro, e os primeiros corredores finalizaram o percurso logo pela manhã.
O resultado do ano passado se repetiu. Superando várias dificuldades, o servente de pedreiro Eduardo Silvério Calixto, de Santa Rita do Sapucaí, tornou-se bicampeão da corrida. O atleta cruzou a linha de chegada com o tempo de 25’36, batendo a marca conquistada no ano passado, de 26’20. Parentes e amigos aguardaram ansiosos o corredor, que foi recebido na Praça da Matriz com muito carinho e aplausos. Visivelmente emocionado e com poucas palavras, ele assim descreveu o momento: “Estou muito feliz”.
Na categoria revezamento, o paraisopolense José Antônio, conhecido como “Tonho Reto”, conquistou a terceira colocação. Ele já disputou 56 corridas, uma maratona e duas meias-maratonas. O atleta competiu ao lado de duas atletas, Odila Noronha, de Brazópolis, e Lili Munhoz, de Limeira. Treinando há cerca de seis anos, poder disputar e finalizar a ultramaratona nessa posição é motivo de orgulho para o corredor, que recebeu o apoio de Romualdo e Rafael.
Um dos responsáveis pela inclusão de Paraisópolis na Ultramaratona é o engenheiro e empresário Paulo Artur Gonçalves, que viu no esporte uma maneira de atrair turistas para a região.

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