quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Alunos de Medicina protestam contra aumento de mensalidade

Cerca de 50 estudantes do curso de medicina na Universidade do Vale do Sapucaí, se reuniram na tarde do dia dois de dezembro, centro da cidade em uma manifestação contra o aumento no valor da mensalidade. Os acadêmicos caminharam em protesto carregando cartazes.
Com o reajuste de 8,5% em 2012, as mensalidades custarão para acadêmicos veteranos R$ 3.649,00 e o acréscimo de 12% para ingressantes, passando para o valor de R$ 3.762,00.
Outros cursos da faculdade de ‘Ciências da Saúde Dr. José Antonio Coutinho’, também sofreram reajuste. Em farmácia e enfermagem o aumento foi de 8%. Já os cursos de psicologia, nutrição e fisioterapia não sofreram nenhum tipo de aumento.
Lucas Bertoldi, presidente do ‘Diretório Acadêmico Dr. Jésus Ribeiro Pires’ diz que o curso de medicina vem sofrendo reajustes constantemente: “no ano de 2008 a mensalidade era de 2.745 reais e no ano de 2012 para os ingressantes a mensalidade será 3.767 reais, estamos diante de um aumento de 27 por cento em três anos”, explica. Para ele o aumento significativo serve para suprir um déficit deixado por outras instâncias da Universidade.
Como representante dos alunos, ele explica que é essencial uma instituição filantrópica divulgar a planilha de gastos em meios de comunicação públicos, para que o corpo docente e discente possa saber onde o dinheiro está sendo investido. Segundo ele os alunos não têm conhecimento do emprego das mensalidades: “não sabermos se há melhoria de infra-estrutura, na qualificação de professores e em outros gastos essenciais para manter a excelência da Instituição”, conta.
Outra reclamação consiste na mensalidade dos alunos do 5° e 6º anos. Lucas diz que “a carga horária nesse período é destinada à prática, no Hospital, as aulas teóricas são mais restritas e por isso não achamos justo que paguem o mesmo preço que os alunos em ciclo básico, que possuem aulas todos os dias em período integral”, explica.
Antes da manifestação, os representantes entraram em contato com a diretoria. Na ocasião foi entregue uma carta contendo as críticas de cada ano sintetizadas pelos próprios alunos, pontos de discussão, propostas e questionamento.
Todo o movimento foi aprovado pelos alunos durante duas assembléias gerais ocorridas dos dias 17 e 24 de novembro, convocadas de acordo com o estatuto do diretório.
Os cursos de medicina de Pouso Alegre e Itajubá terão de reduzir o número de vagas para 2012. O motivo é o fraco desempenho que essas instituições tiveram na avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
As duas faculdades do Sul de Minas tiraram apenas nota dois. A faculdade de Itajubá oferecia 100 vagas e agora poderá oferecer apenas 60 para o próximo ano. Já em Pouso Alegre, o número de vagas deverá cair de 70 para 40, segundo o Ministério da Educação.
            Os representantes do D.A não vêem relação do aumento com o fraco desempenho dos acadêmicos, visto que o anúncio do aumento foi feito antes da divulgação do resultado da prova do MEC.
Lucas ressalta que o diretório não concorda que o ENADE seja uma prova capaz de avaliar com precisão se uma Faculdade é de qualidade ou não e afirma: “a Faculdade de Medicina de Pouso Alegre possui um Hospital Escola Modelo que forma médicos de qualidade, os alunos que fizeram a prova do ENADE ano passado, em sua maioria, estão ocupando vagas de Residência concorridas pelo país”. Para ele o mau desempenho na última prova foi o adiamento da Prova do MEC e explica: “a prova ocorreu no dia imediatamente após a formatura, ou seja, os alunos que prestaram a prova, horas antes estavam na própria festa de Formatura tendo poucas condições de fazerem a prova de maneira satisfatória”, argumenta.

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