terça-feira, 22 de março de 2011

No dia 15 de março, Ignácio Loyola Brandão ministrou uma palestra no anfiteatro do Campus Central da Univás (Universidade do Vale do Sapucaí em Pouso Alegre).

A presença do escritor foi viabilizada pelo projeto ‘ALE Grandes escritores’. Ao todo o programa beneficiará 13 cidades mineiras. O evento é promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários e Assessoria de Comunicação e Marketing.

A Universidade já recebeu por esse mesmo programa os escritores Zuenir Ventura, Roberto DaMatta, Marina Colasanti e Afonso Romano de Sant'Anna.

Ignácio de Loyola Lopes Brandão nasceu em Araraquara, São Paulo, é jornalista, escritor e cronista.

Loyola deu início à palestra de um jeito descontraído; sentado sobre a mesa, contando histórias e fazendo piadas consigo mesmo.

Ao descrever sua infância, se auto denomina “um menino estranho, esquisito, introvertido e que não se relacionava com ninguém”. Sentado no fundo da classe viu tudo mudar no dia em que a professora de primário Lourdes pediu para que os alunos reescrevessem a história da Branca de Neve e os sete anões.

Ao final de sua redação, qual não foi o espanto da professora quando Loyola encerrou com a morte dos sete anões envenenados por champignon preparado pela Branca de Neve.

A classe toda adorou.

“Escritor não tem que ter escrúpulos”. Naquele momento, o menino do fundo passou a ser notado. E aos nove anos de idade ele descobriu que não precisava ser o mais bonito nem o mais inteligente.

Para ele a Literatura é um mundo de imaginação calcada pela realidade e transfigurada. “Sou apaixonado pelo meu ofício”. “Não sou rico, mas tenho um capital: meus 35 livros”.

Para quem acompanha suas obras, a história do livro ‘O Menino que Vendia Palavras’ retrata a história dele mesmo. E o próximo a ser lançado ‘ O menino que perguntava’ também tem como base sua história de vida.

Dentre os inúmeros livros escritos por ele, uma das obras mais famosas é ‘ Não verás país nenhum’. O livro fala da cidade de São Paulo com 60 milhões de pessoas, um trânsito caótico e um calor exorbitante. Nenhuma novidade se comparada a real situação da cidade. Mas o fato é que a obra foi escrita em 1981. Mais atual do que nunca, o livro está entre os mais vendidos de Loyola, perdendo apenas para ‘Zero’.

A explicação para posição frente a história do livro é que segundo ele “livro bom é aquele que surpreende, assombra ou exagera”. No caso desse livro ele diz não ter tido medo de arriscar e reescreveu o final da história 36 vezes como medo de não surpreender.

No alto de sua simplicidade escritor finaliza a palestra de braços abertos, emocionando o público e aplaudido de pé.

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