terça-feira, 12 de novembro de 2013

Terreno baldio traz riscos e gera reclamação de moradores em Paraisópolis


Localizado à Rua Bento Pereira Goulart, um terreno abandonado segundo moradores, serve de depósito de lixo e pasto para animais. Além disso, uma mina d'água corre no local. De acordo vizinhos, o problema acontece há anos e nunca foram tomadas providências mesmo após dezenas de reclamações.
O lote baldio é apenas mais um causador de problemas no município. A prefeitura diz que cerca de 30% dos terrenos sem construções da cidade permanecem em nome do loteador o que dificulta o trabalho de fiscalização e até mesmo envio de IPTU. Porém, o proprietário do terreno em questão é conhecido pelos moradores e inclusive pela Prefeitura Municipal
Natália Ferraz mora em frente ao terreno há oito anos e conta que o lixo constantemente entope os bueiros o que já causou até mesmo o alagamento da casa onde mora e residência ao lado. Existem vídeos que comprovam o fato.
Além disso, objetos e resíduos são descartados pela população no terreno em questão: “tem moradores da Travessa João Braga que atravessam a rua pra jogar o lixo de suas casas no terreno. Jogam restos de comida, lixo de banheiro, sofá, restos de construção”, explica ela. Natália lembra ainda que desde mudou-se para o local, viu a limpeza do terreno ser feita em torno de quatro vezes apenas.
Depois da inundação, o pai de Natália Ferraz instalou um novo portão e uma mureta de contenção foi construída para evitar novos incidentes. Na casa ao lado, segundo Natália, reside uma senhora de 80 anos que teve vários itens da casa destruídos pela água. 
O último pedido para manutenção dos bueiros foi feito na semana passada e de acordo com a moradora até o momento não foram tomadas providências: “falei com o Juarez, com o Tião Evaristo, com o Donizete e com a Silvinha e até agora nada”, conta.
Com relação a mina, até pouco tempo uma placa identificava como imprópria para consumo. Mas, foi retirada e segundo Carlos Alberto Venésio Gomes do setor de Vigilância Ambiental, a última análise realizada dia 18 de setembro desse ano, apontou que a água atende a legislação vigente: Portaria 2.914 de 12 de dezembro de 2.011. Carlos lembra que apesar disso para o consumo é necessário filtrar ou ferver e para cada litro de água colocar duas gotas de hipoclorito de sódio, que é o mesmo que água sanitária: “este tipo de água pode sofrer contaminação a qualquer hora, principalmente após as chuvas que carreiam contaminantes para o lençol que forma esta mina”, explica.

Nossa reportagem procurou os responsáveis no dia 30 de outubro, porém, até o fechamento dessa edição, os mesmos não se pronunciaram e as providências não foram tomadas segundo Natália. 

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