Depois do slackline, agora é hora de conhecer um
esporte ainda mais radical, o highline. A semelhança entre os
dois é o equilíbrio sobre o elástico e a diferença fica por conta da
dificuldade e do ambiente praticado. O highline surgiu como uma evolução do slackline. O princípio é
basicamente o mesmo, mas, o slackline é feito a poucos metros do chão. Enquanto o highline é posicionado geralmente em meio a
montanhas e centenas de metros mais alto.
Não é preciso ir longe para conhecer alguns adeptos do
esporte. Em São Bento do Sapucaí - SP, Carlos Eduardo Lima desenvolve essa atividade
há cerca de três anos. O lugar escolhido não poderia ser outro. A pedra do Baú localizada
há 2100 metros de altitude. A highline de Carlos Eduardo é montada a 200 do
chão com vista para o cume.
O esporte é recente no
mundo e existem relativamente poucos que se arriscam na prática apesar de ter
se iniciado por volta da década de 70. Uma mistura da bela arte circense de
caminhar sobre a corda bamba e da paciência e precisão da escalada.
Para
praticar, não basta ter coragem. É necessária a utilização de vários
equipamentos de segurança, além de cuidado para escolher e montar o
equipamento, que deve sempre estar em bom estado de conservação. A fita precisa
ser muito bem tensionada e pelo menos uma corda de escalada é usada por
segurança, caso a fita se rompa.
Carlos Eduardo acredita no futuro do highline no Brasil: “é um esporte de relação muito pessoal, geralmente não existem
campeonatos de highline, mas já aconteceram alguns encontros envolvendo os
grandes pioneiros do esporte”, explica ele.
O objetivo é atravessar caminhando e se equilibrando em uma
espécie de corda bamba de 2,5 cm de largura em precipícios, entre duas
montanhas ou dois prédios: “o highline é uma vivencia diária, onde você não interage
só com o ato de caminhar sobre a linha e sim com a montanha e todos os seus
riscos”, conta o atleta.
O jovem de 22 anos de idade se dedica a música e ao atletismo
e descreve a sensação de praticar o esporte como a de flutar sobre o vazio ao
lado dos pássaros. Ele lembra que esse é considerado um esporte de risco e são
necessários estudos e cursos para que seja desenvolvido. Ciente dos perigos,
Carlos Eduardo lembra um susto que levou: “um dia acabei de sair da linha e vi
a fita estourar na minha frente. Não aconteceria nada comigo, pois ficaria na
corda reserva, mas seria uma sensação bem estranha, comenta e ri ao lembrar o
episódio. Para ele o ideal é que os praticantes sejam maiores de 18 anos.
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