No dia 26 de fevereiro uma sequência de
apagões atingiu Paraisópolis e região. Durante cerca de três horas a energia
piscou incessantemente com intervalos de 10 segundos mais ou menos.
O problema causou transtorno para muita gente
como é o caso de Paulina Araya que até tentou se adequar à inconstância da
energia e, ministrar aulas de inglês praticamente no escuro. Porém certa hora
tornou-se impossível continuar e ela dispensou os alunos antes do horário.
Paulina lembra que a colega ministrava aulas para crianças que ficaram
amedrontadas no escuro. Além disso, as demais aulas foram canceladas, casando
prejuízo para a escola e para os alunos.
Dione Fonseca é proprietária de um quiosque
na Praça Cel. José Vieira e lembra os contratempos que teve na noite do dia 26:
“salsichas, bacon,
linguiça calabresa, lasanha e açaí, ficam no freezer e com quase quatro horas
sem luz descongelou fácil”, explica ela. Além desse problema, Dione diz que
terminou o expediente mais cedo, por volta das 18h: “ao escurecer e sem luz
ficamos com medo de assaltos”, explica a comerciante.
A reclamação dos munícipes é com relação às
informações fornecidas pela central de atendimento ao consumidor. Em diversas
ligações a resposta foi a mesma: “esta é a primeira ligação notificando o
problema”.
Outro fator controverso, foi com
relação a forma de interrupção e o tempo
que a cidade ficou sem energia. De acordo com a nota divulgada pela Companhia
Energética de Minas Gerais, o desligamento ocorreu por volta das 20h19 e o restabelecimento da
energia começou imediatamente após a ocorrência, de forma gradativa. Ainda
segundo a companhia, às 21h40, a cidade já estava com a energia elétrica
restabelecida.
Nossa
reportagem repassou todas as informações ao departamento de comunicação da
Cemig, que por sua vez, enviou aos departamentos competentes que explicaram o
ocorrido.
Foi
solicitado o encaminhamento de endereços ou número da instalação onde ocorreram
os desligamentos citados anteriormente para que a empresa apurasse com mais
detalhe a ocorrência que motivou o contato dos moradores com o jornal. Enviamos
15 endereços.
O mal
entendido sobre os desligamentos, segundo a companhia, aconteceu, pois as informações divulgadas na imprensa foram
relativas à ocorrência mais relevante registrada no município. Entretanto, além
desta, a empresa registrou, no dia 26 de fevereiro, outros desligamentos
causados por cabos partidos e danos em equipamentos provocados por galhos de
árvores na rede e raios.
O horário de início e término da
interrupção também considerou o período em que o maior número de consumidores (cerca
de 6.500) ficou desligado.
O restabelecimento da energia foi feito de
forma gradativa. Assim, às 20:40h, as equipes acionadas para atendimento ao
município isolaram o trecho com suspeita de defeito, restabelecendo o
fornecimento para 92% dos consumidores, permanecendo então, 500 consumidores
desligados até que os serviços de recomposição dos danos causados à rede de
energia pudessem ser concluídos com segurança.
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