quarta-feira, 20 de março de 2013

Mudança no trânsito da Rua Cap. Antônio Augusto de Almeida divide opiniões em ‘Paraíso’



O trânsito da Rua Cap. Antônio Augusto de Almeida foi novamente modificado. Assim como em 2005, foi impedida a subida de veículos no local. A proibição foi feita no dia 18 de fevereiro e até agora, divide a opinião da população. A rua em questão se cruza com a maior e também umas das mais movimentadas da cidade, Rua Silviano Brandão. O impedimento visa descongestionar e evitar que acidentes aconteça no local.
A prefeita Sílvia Renata Teixeira (PT), lembra que recebia constantes reclamações de usuários da via e que a decisão foi tomada após ouvir várias pessoas, inclusive a polícia militar.
Moradores vizinhos e motoristas que utilizam o caminho mantêm opiniões adversas.
Bruno Silva, por exemplo, mora no local desde 1999 e se diz favorável a mudança: “já aconteceu acidente aqui na rua de casa. Um motoqueiro desceu muito rápido e bateu em um circular”, lembra. Ele explica também que o espaço da rua ficava reduzido, pois no local é comum o estacionamento de caminhões para descarregar mercadorias no mercado: “tem gente que não tem noção, pode acontecer um acidente feio ali. Agora está uma paz, você pode descer a rua tranquilamente sem nenhum problema”, afirma.
Por outro lado, Dimas Cândido Ferreira, apesar de concordar com o perigo do local, não vê a solução como mais adequada: “subo em média cinco vezes por dia e tenho que dar uma volta imensa”. Para ele o ideal seria que os caminhões descarregam em um local onde não atrapalhe o transito.
Alfredo Paiva também discorda da mudança e analisa outras maneiras de solucionar o problema: “não precisava impedir pra todos. Basta impedirem a subida para ônibus e caminhões, reforçar com placas os lugares certos para estacionar e na esquina do mercadinho, botar horário pra carga e descarga”, exemplifica. Alfredo ainda ressalta a importância de esse trabalho ser feito por um engenheiro de trânsito.
Benjamin Alves de Lima, proprietário do mercadinho localizado à Cap. Antônio Augusto de Almeida há 14 anos, considera que a medida tenha sido precipitada: “primeiro devia melhorar as condições das vias dadas como alternativas e só então proibir o tráfego sentido centro”, explica.  Mas ainda assim, considera que o fluxo de veículos não é grande: “daqui uns 20 anos quem sabe, hoje não vejo necessidade”, comenta o comerciante.
Com relação ao estacionamento de caminhões para carga e descarga em frente ao mercado, ele afirma que o problema acontecia, pois não era cumprida a proibição de subida para veículos pesados: “se tinha um caminhão descarregando e outro subia desrespeitando a proibição congestionava o trânsito mesmo”, conta. 
A prefeita considera que as divergências são comuns, pois se trata de uma mudança e é necessário um período de adaptação. Mas um balanço prévio, segundo ela, aponta uma maioria favorável à mudança.
A maior reclamação é com relação às condições da via por onde o trânsito foi desviado. Para evitar um percurso mais longo, é utilizada a Rua Bueno Brandão, que é bem inclinada e estreita ou ainda a Avenida João XXIII que segundo moradores não têm calçamento adequado para receber um maior fluxo de veículos, principalmente de carga.  
Sílvia diz que particularmente utiliza como desvio a estrada do trevo de Consolação, mas, para os que preferem alternativas, como a João XXIII, ela afirma que foi em busca de recursos em Belo Horizonte para recapeamento da rua, assim como também buscará melhorar a subida na Bueno Brandão. Ela ainda reforça a utilização de uma quarta opção, pelo Parque Municipal Antônio Félix Teixeira Filho, o Pernilongão.
Uma reunião com o legislativo será marcada para discutir não só essa questão como demais problemas do trânsito em Paraisópolis. 

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