O
trânsito da Rua Cap. Antônio Augusto de Almeida foi novamente modificado. Assim
como em 2005, foi impedida a subida de veículos no local. A proibição foi feita
no dia 18 de fevereiro e até agora, divide a opinião da população. A rua em
questão se cruza com a maior e também umas das mais movimentadas da cidade, Rua
Silviano Brandão. O impedimento visa descongestionar e evitar que acidentes aconteça
no local.
A
prefeita Sílvia Renata Teixeira (PT), lembra que recebia constantes reclamações
de usuários da via e que a decisão foi tomada após ouvir várias pessoas,
inclusive a polícia militar.
Moradores
vizinhos e motoristas que utilizam o caminho mantêm opiniões adversas.
Bruno Silva, por exemplo, mora no local desde 1999 e se diz
favorável a mudança: “já aconteceu acidente aqui na rua de casa. Um motoqueiro desceu muito
rápido e bateu em um circular”, lembra. Ele explica
também que o espaço da rua ficava reduzido, pois no local é comum o
estacionamento de caminhões para descarregar mercadorias no mercado: “tem gente
que não tem noção, pode acontecer um acidente feio ali. Agora está uma paz, você
pode descer a rua tranquilamente sem nenhum problema”, afirma.
Por
outro lado, Dimas Cândido Ferreira, apesar de concordar com o perigo do local,
não vê a solução como mais adequada: “subo em
média cinco vezes por dia e tenho que dar uma volta imensa”. Para ele o ideal
seria que os caminhões descarregam em um local onde não atrapalhe o transito.
Alfredo
Paiva também discorda da mudança e analisa outras maneiras de solucionar o
problema: “não
precisava impedir pra todos. Basta impedirem a subida para ônibus e caminhões,
reforçar com placas os lugares certos para estacionar e na esquina do
mercadinho, botar horário pra carga e descarga”, exemplifica. Alfredo ainda
ressalta a importância de esse trabalho ser feito por um engenheiro de
trânsito.
Benjamin Alves de
Lima, proprietário do mercadinho localizado à Cap. Antônio Augusto de Almeida há 14 anos,
considera que a medida tenha sido precipitada: “primeiro devia melhorar as
condições das vias dadas como alternativas e só então proibir o tráfego sentido
centro”, explica. Mas ainda assim, considera que o fluxo de veículos não
é grande: “daqui uns 20 anos quem sabe, hoje não vejo necessidade”, comenta o
comerciante.
Com relação ao
estacionamento de caminhões para carga e descarga em frente ao mercado, ele
afirma que o problema acontecia, pois não era cumprida a proibição de subida
para veículos pesados: “se tinha um caminhão descarregando e outro subia
desrespeitando a proibição congestionava o trânsito mesmo”, conta.
A
prefeita considera que as divergências são comuns, pois se trata de uma mudança
e é necessário um período de adaptação. Mas um balanço prévio, segundo ela,
aponta uma maioria favorável à mudança.
A maior reclamação é com relação às condições da via por onde
o trânsito foi desviado. Para evitar um percurso mais longo, é utilizada a Rua Bueno
Brandão, que é bem inclinada e estreita ou ainda a Avenida João XXIII que
segundo moradores não têm calçamento adequado para receber um maior fluxo de
veículos, principalmente de carga.
Sílvia
diz que particularmente utiliza como desvio a estrada do trevo de Consolação,
mas, para os que preferem alternativas, como a João XXIII, ela afirma que foi
em busca de recursos em Belo Horizonte para recapeamento da rua, assim como também
buscará melhorar a subida na Bueno Brandão. Ela ainda reforça a utilização de
uma quarta opção, pelo Parque Municipal Antônio Félix Teixeira Filho, o
Pernilongão.
Uma reunião com o legislativo será marcada para
discutir não só essa questão como demais problemas do trânsito em Paraisópolis.
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