Vigorando
desde o dia 21 de outubro de 2012, o Horário de Verão chegou ao fim no último
sábado (16). Em 119 dias, a área de concessão da Companhia Energética de Minas
Gerais – Cemig verificou-se, segundo balanço preliminar, uma redução de 4,6% na
demanda máxima.
Já a redução do consumo de energia deverá atingir 254 MWmed,
correspondentes à soma de 25% do consumo de Brasília, 10% do consumo de Curitiba
e 10% do consumo de Feira de Santana. Esses valores são estimados, já que os
números oficiais serão divulgados duas semanas após o término do Horário de
Verão.
De
acordo com o decreto 7.826, os estados que o adotaram foram: Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas
Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito
Federal. Segundo o gerente de Operação de Geração e
Transmissão da Cemig, Henrique Siqueira de Castro, os demais Estados das
regiões Norte e Nordeste não adotam o Horário de Verão, devido à
proximidade da Linha do Equador, o que faz com que a duração dos dias não
apresente alterações significativas ao longo do ano. Assim, a medida tem efeito
praticamente nulo nesses estados.
A adoção do
Horário de Verão é bastante antiga, tendo sido usada durante as guerras
mundiais, com finalidades econômicas, evitando-se a geração térmica a óleo e
carvão. O primeiro país a adotá-lo foi a Alemanha, em 1916, durante a 1ª Guerra
Mundial. O Brasil seguiu por 11 vezes entre 1931 e 1968 de forma descontinuada,
voltando, depois, no verão 1985/1986 e, a partir daí, em todos os anos, durante
28 edições consecutivas. Além do Brasil, o
Horário de Verão é implementado em, aproximadamente, 90 países.
O
objetivo é reduzir a demanda de energia no País, principalmente, no horário de
pico, que vai das 18h às 22h. Nesse período, a iluminação pública é ativada e
as famílias retornam para casa, aumentando assim o consumo de energia elétrica.
“Com isso,
obtém-se o alívio do carregamento dos sistemas de geração, transmissão e
distribuição, explica o engenheiro Henrique
Siqueira de Castro.
Desde 2008
definiu-se que, todos os anos, a medida entra em vigor sempre à zero hora do
terceiro domingo de outubro e se estende ao terceiro domingo de fevereiro. No
ano em que houver coincidência entre o domingo previsto e o de carnaval, o
encerramento ocorre no domingo seguinte. O Horário de Verão aproveita o fato de
que nesse período os dias são mais longos, devido à posição da Terra em relação
ao Sol. A medida provoca o adiantamento do horário civil em relação ao horário
padrão.
Entenda a
que equivale o valor economizado:
·
geração a plena carga de 2,4 usinas do porte da Usina Térmica de
Igarapé (131MW);
·
geração de 4,8 geradores da usina de Três Marias, também a plena carga
(66 MW cada);
·
30% da carga de pico de todo o Triângulo Mineiro com seus 66 municípios;
·
15% da carga de pico da Região Metropolitana de Belo Horizonte (34
municípios e 5,4 milhões de habitantes);
·
demanda de pico de uma cidade de 750 mil habitantes, população equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora
e Sete Lagoas.
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