Rio Grande do Sul, São Paulo,
Amazonas e agora Minas Gerais. O golpe das carteiras de pecúlio, que tem sido
aplicado em diversos estados brasileiros, chegou à Paraisópolis.
Um exemplo é a Capemi que corresponde
a ‘Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios Beneficente’, um extinto sistema empresarial privado no ramo de previdência complementar, seguros e assistência financeira. De posse de
informações sigilosas, a quadrilha que aplica o golpe entra em contato com a
vítima através de uma carta da Agência Nacional de Previdência e Pecúlios (AGNPP) que informa
sobre uma quantia a receber referente a fundo de reservas. O falso documento é
dotado de muitos detalhes e impresso em papel timbrado. A promessa de resgate
do dinheiro é feita geralmente para vítimas que detém esse direito.
Em Paraisópolis, a vítima que prefere não ser
identificada recebeu a carta no dia 12 de novembro supostamente enviada pelo
fórum João Mendes Júnior de São Paulo. O papel timbrado continha dentro outras
informações um telefone para contato. Além disso, constava o número do processo
que a vítima teria vencido, o qual dava direito a receber uma quantia em
dinheiro. A carta termina assinada e carimbada por Antonio Alves Carvalho
Mantovani, diretor de divisão.
Dessa vez o golpe não foi efetivado. O destinatário
ignorou a correspondência e preferiu não registrar um boletim de ocorrência,
mas fica o alerta.
Um caso semelhante ao acontecido em Paraisópolis
ocorreu em Rio Claro, no estado de São Paulo. Uma aposentada que há muitos anos tinha pago ‘Capemi’, recebeu a carta onde
constava à receber o valor de R$ 47.520.000,00. Para resgatar o valor deveria
R$ 5.300,00. Como ela não detinha da quantia, afirmou que esse valor poderia ser
debitado do montante a receber. Porém ela foi aconselhada a pedir um empréstimo
e ainda orientada a não informar o recebimento à outras pessoas. Até mesmo o
número de um processo com ganho de causa em segunda instância foi fornecido à
aposentada. Após pesquisa na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), notou-se que
o nome da advogada citada na carta não existia e o número do processo era no
nome de outra pessoa.
Após inúmeras tentativas de
aplicar o golpe, o Ministério Público Estadual (MPE) investiga a ação, mas até agora nenhum
dos estelionatários foi preso.
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