O valor aprovado pela Câmara Municipal de apenas 1% para crédito suplementar
em 2013 divide opiniões em Conceição dos Ouros. A atual administração trabalhou
em 2011 e 2012 com margem de 50%.
A elaboração do orçamento é votada pela Câmara anualmente e serve para
prever que percentual o prefeito terá para eventuais mudanças sem a necessidade
de nova votação pelos vereadores. É comum essa margem ser fixada em torno de
15%.
Para 2013, devido ao baixo valor especificado, qualquer mudança em
repasses de verba ou necessidades de obras emergenciais, o prefeito terá que
enviar um projeto de lei para a Câmara para que os vereadores aprovem o gasto
ou o recebimento destes recursos.
De acordo com o chefe de gabinete da atual administração, Leandro
Endrigo, a situação já teria trabalhado em 2007 com um orçamento de 1%. Na
época, a arrecadação do município girava em torno de 7 milhões. Hoje a arrecadação
é em torno de 17 milhões, o que significa R$ 170 mil para gastos inesperados.
Leandro não vê problemas em trabalhar com essa margem: “caso seja necessário um
investimento maior do que o valor estipulado, basta encaminhar um projeto à
Câmara”, explica.
Em nota, a Prefeitura comunicou que a proposta de lei orçamentária foi
remetido à Câmara em 28 de setembro, antes mesmo das eleições e o valor já
havia sido fixado em 1%.
O prefeito que assume no ano que vem Maurício Viana, discorda e se sente
prejudicado com a medida: “a aprovação de 1% mostra a falta de respeito com o povo, pois
pensando em me prejudicar esqueceram que o prejudicado será o povo, porque
haverá atraso nas realizações dos projetos”, afirma ele. Ele diz que a atual administração,
mesmo tendo trabalhado com 50% deixou muito a desejar e aponta: “está fechando
seu ultimo ano pedindo para Câmara mais verbas, mas se com 1% da para governar
como foi dito e aprovado pela Câmara, onde se encontra os 49%?”, questiona
Viana.
Sobre a
afirmação de a atual Prefeitura ter atuado também sobre o valor de 1%, o
prefeito eleito contesta: “a administração atual trabalhou somente um ano com
1% devido a falta de prestação de contas do prefeito”, explica ele.
Cerca de 250 moradores organizaram manifestações em frente à Prefeitura
e a Câmara Municipal. Eles afirmam que o baixo investimento disponível, pode
"engessar" as ações da próxima gestão.
0 comentários:
Postar um comentário