Devido a estiagem dos
últimos meses, a Prefeitura de Paraisópolis decretou estado de emergência no
município por 30 dias. A medida foi tomada visando manter o reservatório com
água suficiente para o período de carnaval, mas a maior preocupação está no
período da seca que compreende de maio a outubro.
O abastecimento de água, diferente do que muitos pensam,
não é feito em sua maioria pela água da represa localizada no pico do Machadão,
no bairro ‘Brejo Grande’. Em sua maioria o fornecimento é feito com a água de
duas nascentes: ‘Dr. Valter’ e ‘Serra da Usina que chegam à cidade por gravidade.
Já a água da represa que somente é utilizada para complementar a fornecida
pelas nascentes.
Para utilizar a água da represa que é o que está
acontecendo, são utilizados dois motores, alternadamente, porém hoje já é
possível trabalhar com os dois motores simultaneamente, caso seja necessário. A
utilização deles gera um custo altíssimo. Estima-se que o aumento na conta de
luz seja em torno de R$5.000 sem contar demais gastos com o trabalho. Ainda
assim, os motores estão apenas funcionando durante o dia e sendo desligados a
noite e não são ligados ao mesmo tempo. Se houver necessidade da utilização dos
dois, o valor pode dobrar. Além disso, nos dias de carnaval eles irão trabalhar
as 24 horas para suprir o alto consumo.
Sem contar que a capacidade das nascentes é bem maior. Nesta
época as nascentes trariam à Estação de Tratamento de 80 a 100 litros de água
por segundo. Com a estiagem as nascentes levam em torno de 45 litros por
segundo, podendo chegar a 65 litros por segundo com ajuda dos motores. O
consumo da cidade hoje em horário de pico pode chegar a 75 litros por segundo,
10 l/s a mais do que esta chegando na Estação.
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