Quem subiu no Santo Cruzeiro
de Paraisópolis no dia 16 de junho se deparou com uma cena lamentável. A imagem
do Cristo de braços abertos para a cidade estava totalmente pichada com frases e
até símbolo nazista.
Ainda não se sabe quem foram os autores do crime contra o
patrimônio público. No dia 18, um grupo de voluntários se uniu
para remover os dizeres. Braz, Zé Tábua, Valdir, Carlinhos e Pedrão recuperam a
estátua e também outros locais pichados em volta. A capela foi depredada e as
estações da Via Sacra, também foram pichadas.
José Carlos
Teixeira Faria e cerca de 60 crismandos foram os primeiros a chegar ao topo
após o acontecimento, por volta das 10h de domingo: “nos deparamos com o Cristo
pichado. Foi muito triste ver aquela cena, os jovens da turma da Crisma ficaram
revoltados com tamanha falta de respeito com nosso Cristo Redentor, símbolo da
proteção de nosso município”, lembra o catequista.
Organizadores
do movimento pacífico que ocorreu em Paraisópolis no dia 17 de junho garantem
que o ato no cruzeiro é isolado
e não tem nenhuma ligação com as manifestações. Os líderes do ‘Manifesta
Paraíso’, condenam a ação dos vândalos se dizem profundamente tristes e
decepcionados com esse tipo de acontecimento. Uma segunda manifestação foi
organizada no dia 22 de junho, em frente a casa da prefeita Sílvia Renata, da
sogra dela e do secretário de administração Donizete Carvalho. A equipe
organizadora do ‘Manifesta Paraíso’ também esclarece que não têm ligação.
O local onde foi construído o Cruzeiro e o caminho da via
Sacra é fruto de um movimento iniciado por Zuza Braga e o terreno foi doado por
uma das irmãs Carvalho. Muitos voluntários ajudaram na compra de mudas das
árvores e plantas que fazem a ornamentação daquele espaço e o Cristo também foi
a doação de um empresário da cidade que prefere ficar no anonimato.
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