Ambientalistas se reuniram no dia
14 de fevereiro no bairro rural Cantagalo em Gonçalves. Estiveram presentes
membros do IBAMA, APA Fernão dias e CODEMAS regionais. O objetivo da reunião é
fazer contato com os agricultores, principais prejudicados com a ação dos
javalis na região. A medida tem
o objetivo de controlar a população da espécie e de seus cruzamentos com o
porco doméstico e diminuir os prejuízos de agricultores nas lavouras comumente
destruídas pelos animais.
A
instrução normativa libera o abate controlado. A liberação da caça foi
publicada no Diário Oficial da União no fim de janeiro, mas,
ainda é
discutida e um itens sugeridos para melhor atender a necessidade na diminuição
desses animais seria a contratação de caçadores profissionais para não
estimular o uso de armas e a caça de outros animais, como os porcos selvagens
nativos, catetos, queixada entre outros.
A espécie de javali é européia, e após criação
em cativeiro, proliferou no ambiente selvagem e virou uma praga, uma vez que
não tem inimigo natural. O animal anda
em bando, composto geralmente por mais de vinte indivíduos, são agressivos e
perigosos além causar danos as plantações. Esses e outros problemas causados
pelo javali fizeram com que o IBMA tomasse a decisão. Porém a lei não isenta do
porte de arma, autorização do dono do terreno, também não é permitida a
comercialização da carne que pode transmitir doenças, é proibido utilizar
método cruel, no caso das armadilhas, o Ibama liberou apenas as que permitem a captura
do animal vivo, sem ferimentos, é necessário comunicar o número de caçados e se
possível efetuar o transporte vivo do animal até um local adequado.
A coordenadora de
Fauna Silvestre do Ibama, Maria Isabel Gomes cita estimativas que indicam a
existência de 200 mil javalis vivendo em liberdade no Rio Grande do Sul, por
onde os animais entraram no Brasil após fugir dos criatórios que existiam no
Uruguai e se alastrarem pelo país.
De acordo
com o técnico do CODEMA de Paraisópolis, Pedro Sousa, são muitas as
exigências que devem ser obedecidas, por isso apesar da decisão, o fato ainda
gera discussão e o abate dos animais sem autorização continua sendo considerado crime
ambiental.
A
legislação também prevê o fechamento de todos criatórios de javalis em
território nacional, a partir de março, e a proibição de importações da
espécie.
Além do
javali, outros animais estrangeiros afetam o equilíbrio ecológico natural, como
caramujos, trutas e pardais.
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