segunda-feira, 15 de abril de 2013

Órgãos ambientais se reúnem em Gonçalves para discutir a caça de javali



Ambientalistas se reuniram no dia 14 de fevereiro no bairro rural Cantagalo em Gonçalves. Estiveram presentes membros do IBAMA, APA Fernão dias e CODEMAS regionais. O objetivo da reunião é fazer contato com os agricultores, principais prejudicados com a ação dos javalis na região. A medida tem o objetivo de controlar a população da espécie e de seus cruzamentos com o porco doméstico e diminuir os prejuízos de agricultores nas lavouras comumente destruídas pelos animais.
A instrução normativa libera o abate controlado. A liberação da caça foi publicada no Diário Oficial da União no fim de janeiro, mas, ainda é discutida e um itens sugeridos para melhor atender a necessidade na diminuição desses animais seria a contratação de caçadores profissionais para não estimular o uso de armas e a caça de outros animais, como os porcos selvagens nativos, catetos, queixada entre outros.  
 A espécie de javali é européia, e após criação em cativeiro, proliferou no ambiente selvagem e virou uma praga, uma vez que não tem inimigo natural.  O animal anda em bando, composto geralmente por mais de vinte indivíduos, são agressivos e perigosos além causar danos as plantações. Esses e outros problemas causados pelo javali fizeram com que o IBMA tomasse a decisão. Porém a lei não isenta do porte de arma, autorização do dono do terreno, também não é permitida a comercialização da carne que pode transmitir doenças, é proibido utilizar método cruel, no caso das armadilhas, o Ibama liberou apenas as que permitem a captura do animal vivo, sem ferimentos, é necessário comunicar o número de caçados e se possível efetuar o transporte vivo do animal até um local adequado.
A coordenadora de Fauna Silvestre do Ibama, Maria Isabel Gomes cita estimativas que indicam a existência de 200 mil javalis vivendo em liberdade no Rio Grande do Sul, por onde os animais entraram no Brasil após fugir dos criatórios que existiam no Uruguai e se alastrarem pelo país.
De acordo com o técnico do CODEMA de Paraisópolis, Pedro Sousa, são muitas as exigências que devem ser obedecidas, por isso apesar da decisão, o fato ainda gera discussão e o abate dos animais sem autorização continua sendo considerado crime ambiental.
A legislação também prevê o fechamento de todos criatórios de javalis em território nacional, a partir de março, e a proibição de importações da espécie.
Além do javali, outros animais estrangeiros afetam o equilíbrio ecológico natural, como caramujos, trutas e pardais.  

0 comentários:

Postar um comentário