segunda-feira, 29 de abril de 2013

Guias de castração voltam a ser distribuídas igualmente entre cães domésticos e de rua



A castração de animais foi discutida pela primeira vez em Paraisópolis em 2007, através do Conselho Municipal de Saúde, porém somente em 2011 foi colocado em prática o programa de esterilização cirúrgica ou castração de animais.
A Prefeitura Municipal disponibilizou no primeiro ano 159 castrações no valor de R$ 50,00 cada procedimento, totalizando R$ 7.950,00. No ano seguinte foram licitadas 240 castrações no valor de R$65,00 cada totalizando R$ 15.600,00, porém, na prática foram realizadas 202 castrações no valor R$ 13.130,00 não atingindo totalidade dos serviços licitados.
            Esse ano, o departamento de saúde disponibilizou novamente R$ 15.600,00 em castrações e mais um aditamento de 25%.  Assim conseguirão atender em torno de 30 castrações mensais totalizando 300 procedimentos durante o ano.
            O programa de controle da população desses animais continua no município, porém, uma mudança na distribuição das guias gerou discussão. O recurso seria disponibilizado apenas para cães domésticos, inviabilizando a ação de recolhimento e castração realizados pela ONG ‘Resgate quatro patas’.
De acordo com a secretária de saúde de Paraisópolis, a médica sanitarista, Dr. Heleny Oliveira Pena Machado, o assunto é prioridade em sua gestão sua decisão em um primeiro momento visava preservar a saúde do ser humano: “decidimos oferecer a cirurgia distribuindo as guias preferentemente para os bairros mais carentes e pessoas que adotaram cães de rua”. Para ela, pensar em política pública de saúde, no caso a esterilização cirúrgica de cães e gatos, é considerar não só os animais, mas também a saúde das pessoas que estão em contato com eles.
Segundo informações da presidente da ONG, Thaynara Siqueira, o corte foi feito no dia seis de março: “a secretária de saúde disponibilizou somente duas guias por mês para castração de animais de rua, impossibilitando nosso trabalho e o trabalho de protetores independentes”, conta ela. Sem esse recurso a ação da ONG ficou defasada.
O número insuficiente de guias gerou insatisfação dos profissionais voluntários envolvidos com o projeto. Porém, o departamento de saúde e a ONG chegaram a um acordo após reunião. As 30 guias mensais oferecidas voltam a ser divididas igualmente para cães de rua e domésticos. O setor de vigilância sanitária e de epidemiologia são responsáveis por efetuar os cadastros e liberar o procedimento.  
Para Thaynara o consenso traz de volta a possibilidade de manter as ações voluntárias: “priorizar apenas cães domésticos seria um descaso. Fomos nós que entramos com o pedido de implantação do programa. Todo nosso trabalho de controle populacional de cães e gatos ficou parado até revertermos essa situação”, esclarece.
Ainda segundo a protetora, por se tratar de um trabalho voluntário, os membros não têm condições de custear todas as castrações de animais de rua e precisam desse apoio municipal para dar sequência nas ações.   
Segundo Maria Angélica responsável pelo setor de vigilância sanitária, hoje o recurso é distribuído de maneira igualitária, mas acredita que os cães de rua necessitam de mais atenção.
Pensando nisso, Dr. Heleny tentará buscar novas soluções: “a demanda é grande e extrapola o âmbito do departamento de saúde. Segundo ela, para alcançar um resultado satisfatório, há que e unir outros departamentos e fazer algo mais amplo nesse sentido.

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