A castração de animais foi discutida pela primeira vez em Paraisópolis em 2007, através do Conselho Municipal de Saúde, porém somente em 2011 foi colocado em prática o programa de esterilização cirúrgica ou castração de animais.
A Prefeitura Municipal disponibilizou no primeiro ano 159 castrações no valor de R$
50,00 cada procedimento, totalizando R$ 7.950,00. No ano seguinte foram
licitadas 240 castrações no valor de R$65,00 cada totalizando R$ 15.600,00,
porém, na prática foram realizadas 202 castrações no valor R$ 13.130,00 não
atingindo totalidade dos serviços licitados.
Esse
ano, o departamento de saúde disponibilizou novamente R$ 15.600,00 em castrações
e mais um aditamento de 25%. Assim
conseguirão atender em torno de 30 castrações mensais totalizando 300
procedimentos durante o ano.
O
programa de controle da população desses animais continua no município, porém, uma
mudança na distribuição das guias gerou discussão. O recurso seria
disponibilizado apenas para cães domésticos, inviabilizando a ação de
recolhimento e castração realizados pela ONG ‘Resgate quatro patas’.
De acordo com a secretária de
saúde de Paraisópolis, a médica sanitarista, Dr. Heleny Oliveira Pena Machado, o
assunto é prioridade em sua gestão sua decisão em um primeiro momento visava
preservar a saúde do ser humano: “decidimos oferecer a cirurgia distribuindo as
guias preferentemente para os bairros mais carentes e pessoas que adotaram cães
de rua”. Para ela, pensar em política pública de saúde, no caso a esterilização
cirúrgica de cães e gatos, é considerar não só os animais, mas também a saúde
das pessoas que estão em contato com eles.
Segundo informações da presidente da ONG, Thaynara Siqueira,
o corte foi feito no dia seis de março: “a secretária de saúde disponibilizou
somente duas guias por mês para castração de animais de rua, impossibilitando
nosso trabalho e o trabalho de protetores independentes”, conta ela. Sem esse
recurso a ação da ONG ficou defasada.
O número
insuficiente de guias gerou insatisfação dos profissionais voluntários
envolvidos com o projeto. Porém, o departamento de saúde e a ONG chegaram a um
acordo após reunião. As 30 guias mensais oferecidas voltam a ser divididas
igualmente para cães de rua e domésticos. O setor de vigilância sanitária e de
epidemiologia são responsáveis por efetuar os cadastros e liberar o
procedimento.
Para Thaynara o consenso traz de volta a possibilidade de manter
as ações voluntárias: “priorizar apenas cães domésticos seria um descaso. Fomos
nós que entramos com o pedido de implantação do programa. Todo nosso trabalho
de controle populacional de cães e gatos ficou parado até revertermos essa
situação”, esclarece.
Ainda segundo a protetora, por se tratar de um trabalho
voluntário, os membros não têm condições de custear todas as castrações de
animais de rua e precisam desse apoio municipal para dar sequência nas ações.
Segundo Maria Angélica responsável pelo setor de vigilância
sanitária, hoje o recurso é distribuído de maneira igualitária, mas acredita
que os cães de rua necessitam de mais atenção.
Pensando nisso, Dr. Heleny tentará buscar novas soluções: “a
demanda é grande e extrapola o âmbito do departamento de saúde. Segundo ela,
para alcançar um resultado satisfatório, há que e unir outros departamentos e
fazer algo mais amplo nesse sentido.
0 comentários:
Postar um comentário