As investigações acerca da instalação de radares em Pouso Alegre tiveram início no final de 2011. A ‘Comissão Especial de Inquérito’ composta por vereadores ficou responsável por analisar possíveis irregularidades na instalação e manutenção dos aparelhos no Município.
O documento entregue pela comissão no dia 27 de fevereiro apontou diversas irregularidades no contrato firmado com a empresa Consladel. O relatório concluiu que o projeto seria na verdade um esquema de desvio do dinheiro público.
Com o fim das investigações, o relatório foi assinado e enviado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado.
A empresa Consladel instalou 16 radares semafóricos e de controle de velocidade em Pouso Alegre, que gerou em seus primeiros meses de funcionamento mais de 10 mil notificações. A referida empresa teve seu nome divulgado em uma reportagem especial, exibida no programa ‘Fantástico’. A matéria mostrou flagrantes de corrupção e parcerias entre empresas especializadas em radares e Prefeituras. Após a notícia o contrato com a Corsladel foi cancelado.
No dia 12 de março, um mês após serem divulgadas as imagens da fraude em rede nacional, a Câmara Municipal rejeita denúncia que pedia CPI para investigar prefeito Agnaldo Perugini.
A sessão aconteceu em meio a protestos de motoristas que receberam multas nesse período e exigem a devolução do dinheiro.
Votaram pelo arquivamento da denúncia, os vereadores suplentes, Dito Barbosa (PSB), Gilberto Barreiro (PMDB) e Mário de Pinho (PT) – que substituíram os membros da CEI - além de Hélio da Van (PT) e Raphael Prado (DEM).
Os vereadores Dulcinéia Costa (PV), Fabrício Machado (PT), Frederico Coutinho (PSD), Laércio Poteiro (PTB) Flávio Alexandre (DEM) e Moacir Franco (PTB) foram favoráveis ao recebimento. Para que a denúncia fosse acatada pela Câmara, seria necessário dois terços (2/3) dos votos favoráveis.
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