Animal agoniza até a morte em rua de Paraisópolis

No dia 30 de agosto uma égua supostamente caiu em um córrego que fica à rua Vereador Miguel Cristiano da Silva. O animal que segundo o dono caiu por fraqueza, ficou no local por aproximadamente 40 horas. Vizinhos do local, comovidos com a situação da égua se disponibilizaram a ajudar. Cada qual à sua maneira, as pessoas aos poucos foram tomando conta do bicho. Um levava água e comida o outro cobertor, enfim todos preocupados com a situação do animal que além de fraco estava visivelmente machucado.

As pessoas que estavam no local telefonaram para diversos setores da cidade, dentre eles: Prefeitura Municipal, Polícia Militar e Ambiental, Vigilância Sanitária, IMA, entre outros. Até mesmo um apelo foi feito na rádio Paraisópolis para quem sabe algum veterinário se disponibilizasse a ajudar.
Todas as tentativas foram levadas ao mesmo lugar. Todos os órgãos apontavam a vigilância como único responsável.

O fato aconteceu no dia 30 de agosto, e o animal morreu no dia 2, sem ser socorrido.
Apenas no dia 1° de setembro funcionários da prefeitura estiveram no local para averiguar a situação.
Depois do animal morto, o corpo foi retirado do local por funcionários da prefeitura e levado ao trevo da cidade para ser enterrado.
De acordo com o Técnico em Vigilância. Sanitária, Carlos Alberto Venésio Gomes, com respaldo técnico e legal, em situações como a citada, deve ser executada a Lei, que é retirada (apreensão) do animal em um Centro de Controle de Zoonoses, que segundo ele não existe na região dentro das condições técnicas adequadas. A construção de um CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), inviável para municípios com menos de 20.000 habitantes. Sendo assim Carlos aponta uma alternativa: “provocar é uma mobilização política regional para montar um consórcio entre os municípios já que o problema é da nossa regional ou no nível de microregional”.

Segundo moradores do local o animal estava visivelmente machucado, o que de acordo com eles seria fruto de maus-tratos. Alguns chegaram a presenciar o fato, mas preferem não se identificar.
Com relação a isso Carlos explica que a atribuição e competência esta na Lei de crimes ambientais, de responsabilidade da polícia ambiental, após denúncias e comprovação dos maus tratos, através de laudos e relatórios.
Maus-tratos cometidos contra qualquer tipo de animal devem ser denunciados. A denúncia é legitimada pelo Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), e decreto Lei que estabelece de proteção aos animais Nº 24.645, de 10 de julho de 1934, que define maus-tratos contra animais.

‘Bueno de Paiva’ – Uma senhora que completa 100 anos de história

A Escola ‘Bueno de Paiva’, municipalizada desde 1998, completa no dia 20 de setembro de 2010 cem anos de existência.

A preocupação em criar uma escola pública de qualidade para atender um município em crescimento econômico, político e cultural, agitava a pequena São José do Paraíso (hoje Paraisópolis).

Seu primeiro prédio seguia um estilo colonial; E foi construído no terreno doado por Dona Anna Amélia Vieira Carneiro. Essa construção teve sua estrutura abalada em virtude dos formigueiros que existiam sob a escola. Isso ocorreu em 1925, quando 375 alunos freqüentavam o grupo. A insegurança da construção motivou a demolição da escola. Um novo Prédio Escolar com nova estrutura e arquitetura foi inaugurado em 10 de Setembro de 1927.

O valor sentimental e a riqueza de detalhes da construção tornaram o prédio parte do acervo arquitetônico tombado pelo patrimônio histórico do município em 2006.

O nome Bueno de Paiva foi dado ao grupo em homenagem a Francisco Álvaro Bueno de Paiva, que além de juiz, promotor, senador e Presidente da Câmara de Paraisópolis, mais tarde chegou à vice-presidência da República, após o falecimento de Wenceslau Bráz, no governo de Epitácio Pessoa.

Atualmente a Escola é dirigida pela professora e diretora Ana Lázara Faria Santos juntamente com a Vice-Diretora professora Rogéria de Fátima Teixeira Carvalho.

O ano de 2010 começou em festa não só para estudantes e professores do grupo, mas para todos aqueles que fizeram parte dessa histórica e agora centenária escola.

Para iniciar as comemorações do ciclo centenário foi organizado um calendário festivo:

Segunda-feira 20, a partir das 09h30min com o cerimonial de abertura dos eventos comemorativos, na quadra poliesportiva Dona ‘Rute Toledo de Oliveira’. Estarão expostos fotografias e objetos de memória da escola. Das 13h30min ás 14h30min, haverá oficina de pintura em madeira com Maria Emaculada Carlos. Ás 15h00min, exposição de trabalhos de alunos alusivos aos 100 anos da escola, e ás 16h00min show de palhaços na Concha acústica. Terça- feira 21, oficina de Jogos, e pintura. Quarta-feira 22, oficina de artesanato. Quinta-feira 23, oficinas de música, literatura e artesanato. Sexta-feira 24, oficinas lúdicas e corporais. Todas as oficinas acontecerão em horário de aula para alunos do 1° e 2º turnos.

As festividades seguem durante todo o ano no centenário, que vai de 20 de setembro de 2010 a 20 de setembro de 2011.

Provedor do hospital de Paraisópolis é homenageado

No dia 13 de setembro, José Lazaro de Carvalho Neto (Baleia), atual provedor do Hospital Frei Caetano de Paraisópolis, foi condecorado com a medalha "Desembargador Hélio Costa", oferecida pelo poder Judiciário e Ministério Publico de Minas Gerais. A cerimônia foi realizada no foro da Comarca de Paraisópolis.

Esta solenidade é realizada bienalmente em todas as Comarcas do Estado, e visa homenagear o trabalho do Desembargador Hélio Costa, além de integrar o Poder Judiciário com a comunidade local, divulgar serviços relevantes prestados pelo agraciado ao Judiciário, e promover uma efetiva comemoração do "Dia da Justiça".
Esse ano o homenageado José Lázaro foi escolhido pela comissão presidida pelo Dr. Ediberto Benedito Reis, MM. Juiz de Direito e composta pelos seguintes membros: representante do Ministério Público, Doutora Rogéria Cristina Leme; representante da OAB/MG, Carlos Marques, Prefeito Municipal de Paraisópolis, Sérgio Wagner Bizarria e o Presidente da Câmara Municipal Lauro Maria Soares Justo.

De acordo com a comissão, ‘Baleia’ se destacou durante os últimos dois anos principalmente em serviços frente ao Campestre Clube, pelo Clube Recreativo, Hospital Frei Caetano, Unidade Carcerária, OPIS (Olimpíadas Paraisopolense de Inverno e Solidariedade), CONSEPP, pelas comunidades Santo Antônio, Lagoa e São Geraldo e também pelo município de Paraisópolis do qual foi responsável por muitos sistemas implantados e obras realizadas.
A cerimônia aconteceu a partir das 17h00min, e estiveram presentes além dos membros da comissão, também estiveram presentes: além de amigos e familiares do homenageado.

Comunidade se une em desfile e comemora a Independência do Brasil

O município de Conceição dos Ouros reuniu na manhã da última terça-feira, todas as instituições de ensino, bem como órgãos municipais para celebrar o dia da Independência do Brasil.
A cidade chegou a ficar 10 anos sem realizar a celebração, retomando a tradição do desfile no ano passado.

Segundo a secretária de Educação e Cultura de Conceição dos Ouros, Dorothy Campos da Fonseca, a realização do evento desperta nas crianças o interesse pela história e cultura brasileira: “Nosso objetivo é esse, resgatar a cidadania e os valores de cada um”. Para ela, voltar a realizar o evento significa trabalhar isso não só nas crianças, mas na própria família.
Outro ponto que Dorothy achou fundamental foi a participação efetiva dos pais: “ eles caminhavam junto, e nos ajudaram muito na realização do evento”.

As comemorações cívicas começaram no dia 1° de setembro, quarta-feira com hasteamento e arriamento da bandeira e execução do Hino Nacional com a participação das escolas municipais “João Pinheiro” e Professora “Inês Gória”. No dia 2 quinta-feira, com o Centro Municipal de Educação Infantil “Santa Terezinha” e Escola Municipal “Maria de Fátima Lopes”. Dia 3 sexta-feira, com o Centro Educacional “Professora Maria José Rosa”, Escola Estadual “João Ribeiro de Carvalho” e APAE (Associação de Pais e amigos dos Excepcionais). Dia 4 sábado, com a participação da Prefeitura Municipal e Conselho Tutelar. Dia 5 domingo, Secretaria de Educação e Cultura, Escolinha de futebol “Garotos de Ouro” e Taekwondo. Dia 6 segunda-feira, Escola Municipal “José Olímpio da Silva” e Câmara Municipal.

No dia 7 de setembro terça-feira, o hasteameneto foi seguido pelo desfil e cívico, com a participação da Fanfarra, Escolas Municipais, Estaduais, APAE, Taekwondo e Escolinha de Futebol “Garotos de Ouro”.

Após o arriamento da bandeira foi celebrada uma missa em ação de Graça na igreja matriz.
Todos os dias contaram com a presença da Polícia Militar.

Gonçalves festeja em louvor a Nossa Senhora das Dores

Desde a última segunda-feira dia 06 de setembro é realizada na cidade a novena preparatória para a tradicional festa da padroeira Nossa Senhora das Dores em Gonçalves.
Todos os anos de 06 a 15 de setembro a comunidade se une para que o evento aconteça. O responsável pela organização é chamado de festeiro, e este é anunciado já no último dia da festa.

Este ano os festeiros são casal José Vitor Barbosa e Rita de Cássia Simão Barbosa.
José Vitor conta que seu objetivo era ser o festeiro em 2015, quando sua filha completasse 15 anos, porém no início do ano após alcançar uma graça, tendo depositado sua fé em Nossa Senhora das Dores, decidiu que celebraria a santa nesse mesmo ano, para retribuir a graça alcançada. Sua esposa Rita, conta que sua fé já a trouxe inúmeras graças, e não apenas a alcançada pelo marido.
O casal ressalta a importância da comunidade na realização da festa: “nós somos os organizadores, os festeiros são o povo”.
Rita diz que sem a ajuda da comunidade não
haveria festa: “quando o padre falar para aplaudir os festeiros, faço questão de que aplaudam a si próprios”.
José Vitor diz que não ouviu um ‘não’ sequer em todas as casas em que pediu ajuda, e chegou a ficar sem palavras para descrever o que está sentindo.
A manifestação religiosa é a mais tradicional da cidade e até mesmo uma das mais antigas. É realizada oficialmente desde 1947, quando foi criado um estandarte para Nossa Senhora das Dores.

O evento envolve a comunidade em missas, quermesse, leilões, barracas gastronômicas, banda.
E no dia principal da festa: alvorada festiva, leilão de gado, missa solene, procissão, shows, baile e queima de fogos.

Escultura de Amílcar de Castro é rabiscada em Paraisópolis

A cidade de Paraisópolis tem a honra de expor no jardim do Centro Cultural Amilcar de Castro, uma das esculturas do artista.

A obra é fruto do trabalho que o tornou referencia no mundo das artes. Neoconcreta, feita de chapa de aço e ferro recortada em formato geométrico, a escultura está na cidade desde sua doação e tombamento em 09 de abril de 2002.

Apesar do valor artístico e cultural que acompanham o trabalho de Amílcar, recentemente a obra sofreu danos físicos. O funcionário do Centro Cultural William Domingos, conta que os escritos na estátua foram feitos a pouco mais de um mês.

Atualmente o setor de Cultura de Paraisópolis, está atuando com apenas um funcionário, desde que Getulio Dornelles Castro foi dispensado do cargo de Secretário.

Antes do fechamento dessa edição, os escritos na obra foram retirados pelo funcionário William Domingos. Ele afirma que o monumento se manterá no mesmo local, apesar de concordar que por se tratar de um local publico, fatos semelhantes podem voltar a acontecer, mas afirma: “segurança e cuidados com a peça existem 24 horas, praticamente. Tem guardas noturnos e no horário comercial eu fico aqui. Toda manhã saio para olhar as dependências do Centro Cultural, quando tem algo de errado por aqui eu mesmo tento resolver. Aquela rasura provavelmente aconteceu quando eu não estava aqui”.

Exposição: Representação Política e Cidadania em Minas Gerais

Durante um mês a cidade de Paraisópolis poderá prestigiar a exposição: “REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E CIDADANIA EM MINAS GERAIS”, promovida pela Assembléia Legislativa em parceria com a Câmara Municipal.
A mostra itinerante é composta de painéis que narram a partir de fotos e textos um pouco da história de Minas Gerais. O intuito da exposição é provocar uma reflexão na população partindo das mudanças na política bem como na construção da cidadania do povo mineiro.

As obras retratam períodos que vão desde a América enquanto colônia portuguesa, passando pelo regime monárquico, e a transição para a República. A história está distribuída em nove painéis com 26 metros de comprimento, elaborados pela ALMG, (Assembléia Legislativa de Minas Gerais).

A exposição é uma oportunidade para que os estudantes e munícipes em geral tenham um maior contato e aprendizado com a história do estado.
O material ficará exposto de 16 de agosto a 16 de setembro na biblioteca municipal, localizada nas dependências da Câmara. Das 08h00min ás 11h00min e das 13h00min as 17h00min.

Um resgate à história de Conceição dos Ouros.

No mês de agosto comemora-se em Conceição dos Ouros, o aniversário do Museu Histórico, Arqueológico, Cultural e Ambiental da cidade. A lei de sua fundação foi aprovada no ano de 1989, porém a concretização do projeto só foi possível em 1999, após fosseis indígenas serem encontrados na cidade.

Em 1998 foram encontrados fósseis indígenas (S1- Sepultamento Pré-histórico um) em Conceição dos Ouros quando o Senhor Pedro Ferreira Neto, construía um muro em sua residência e encontrou vasos de cerâmica e uma ossada. Ele chamou atenção do poder executivo para a importância de estudar e preservar nosso patrimônio histórico, e a partir disto foram chamadas uma equipe de pesquisa do setor de arqueologia da UFMG, e do Museu de História Natural, sob responsabilidade do professor André Prous, que se responsabilizou pela coordenação dos trabalhos de pesquisa arqueológica dentro dos limites da cidade.

Dois anos depois do Primeiro achado arqueológico foram encontradas outras duas urnas funerárias (S2- Sepultamento Pré-histórico dois) em um local denominado pelos arqueólogos de Sítio Arqueológico da Creche. Local que segundo fontes orais muitos destes artefatos foram perdidos no ano em que se construiu a creche. Em 1998 foram realizados novos trabalhos de escavações, onde foram encontrados novos sepultamentos e vaso de uso domésticos além de objetos como pontas de flechas.

Hoje estas descobertas arqueológicas de urnas funerárias com pedaços de ossos, machadinhas de pedras e os sítios arqueológicos pré-históricos têm revelado a presença dos primeiros habitantes que durante muitos anos ficaram no esquecimento, embora muitos habitantes da cidade relatarem que seus avós e bisavós tenham sido índios. Explica Neale Freitas, responsável pelo Museu.

Os materiais arqueológicos dispostos em ordem cronológica da memória social transmitem os acontecimentos do passado, por que retém a confirmações desta memória.
No museu além da parte indígena que engloba Machadinhas, urnas funéreas, objetos de uso domésticos, vasinhas desenhadas, enfim utensílios utilizados antigamente pelos índios pode-se encontrar também no museu objetos que fazem parte da história dos Ourenses, como espadas, utensílios usados na igreja, no cinema, nas casas do Barão, entre outros.

O horário de visitação vai das 09h00min as 11h00min das 14h00min as 16h00min de segunda a sexta e nos feriados e finais de semana somente com agendamento antecipado por telefone com a responsável pelo Museu, Neale Mara de Freitas.

Região é alvo da caça ilegal de animais

Nos últimos meses nossa região vem sendo alvo de caçadores de animais silvestres. Essa prática é ilegal prevista por lei.
A Polícia militar de Meio ambiente enumerou os três últimos casos de desrespeito a lei e ao meio ambiente.

No 21 de maio desse ano, a Polícia Militar de Meio Ambiente de Paraisópolis, durante o patrulhamento ambiental da fauna noturna, apreendeu uma arma de fogo e animais da fauna silvestre brasileira abatidos por tiros. Os suspeitos do crime são do bairro Cabral em Sapucaí Mirim. No local da apreensão foi encontrado um embornal de lona contendo seis aves conhecidas popularmente por Pombas Legitimas, os animais estavam despenados e foram visivelmente abatidas por tiros. Ainda no local foi encontrada desmontada e sem munição, uma espingarda tipo cartucheira, Calibre 36. Todo o material encontrado foi encaminhado para o DEPOL.
A busca foi resultado de denúncia referente à caça ilegal de animais silvestre praticada no local que remanescente de Mata Atlântica e está contido na APA Fernão Dias.

Outro caso semelhante aconteceu no dia 18 de Junho, quando a polícia militar de meio ambiente surpreendeu caçadores no leito do Rio Capivari, em Conceição dos Ouros. No local foram encontradas duas Capivaras de médio e grande porte com perfurações pelo crânio proveniente de arma de fogo e uma fisga de metal com duas pontas, fincada no corpo do animal.

Nas duas ocasiões foram realizados rastreamentos nas imediações a fim de encontrar os possíveis autores do crime, porém em ambas as apreensões os culpados não foram encontrados.

O último caso, este realizado com êxito, aconteceu no dia 01 de Agosto, quando através de denúncia anônima referente à caça ilegal de animal da fauna silvestre (Porco do Mato, Paca e Pomba Legítima), a PM ambiental chegou até o Bairro Paiol Velho. A abordagem e apreensão foram realizadas na estrada que liga Paraisópolis a Consolação.

Na ocasião foram encontrados, cinco cães da raça tipo americana, uma arma de fogo tipo espingarda, marca Boito, Calibre 40, com capacidade de um tiro, alma lisa, um bornal de lona, e uma jaqueta camuflada usada pelas forças armadas (Exército Brasileiro). E aprendidos três aves da fauna silvestre brasileira conhecidas popularmente por POMBAS LEGITIMAS com sinais de tiros.
A caça de animais silvestres é crime e está previsto no artigo 29 da lei 9605/98 Lei de Crimes Ambientais e medidas administrativas no Decreto 6514/08.