Eduardo Esber é um dentista mineiro pouco convencional. Formado pela UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas), é bacharel em Administração de Empresas, Webdesigner e escritor nas horas vagas. Essa última ocupação rendeu-lhe nos últimos anos muita satisfação e dores de cabeça.
A imensa quantidade de clínicas populares que avançam Brasil adentro fez nascer a ideia de criar o primeiro livro de piadas de dentistas do Brasil, como explica Eduardo. “Precisava alertar as pessoas, pois o leigo não tem parâmetros para julgar um dentista. Claro que os dentistas que se reconheceram nas entrelinhas do livro, e que não foram poucos, não gostaram, pois a carapuça acabou servindo neles”.
O primeiro livro, ‘80 motivos para você não ir ao dentista’, foi lançado em dezembro de 1999 pela Musa Editora. Eduardo conta que teve problemas com a editora. “A mesma nunca realizou nenhum pagamento referente aos meus direitos autorais, previsto em contrato”.
O livro ficou fora de circulação vários anos, quando foi relançado pela Matrix Editora, em 2006. A sua segunda publicação, ‘Deus me livre dos dentistas’, foi lançado pela mesma editora, ano passado. O último lançamento, ‘80 piadas de dentistas’, ocorreu em junho desse ano de forma independente, sem conhecimento da mídia.
Reunir em um livro 80 piadas falando de dentistas, comentar cada uma delas e ainda dar um desfecho trágico e outro cômico para cada uma, não foi nada fácil, e levou alguns meses. De acordo com o autor, o último lançamento é bem mais leve se comparado aos anteriores. “Já levei até processos pelos livros que escrevi, já tentaram cassar meu diploma de dentista, mas mesmo assim eu continuo gostando de livros polêmicos”.
O dentista finaliza com a seguinte frase: “Quando penso a respeito do livro, a primeira coisa que vem à cabeça é que moramos em um país onde, pelo menos até o ponto que temos conhecimento, a censura foi extinta. Pelo menos aparentemente, o Brasil é um país que preza pela liberdade de expressão e possui o compromisso moral de não tolher a livre expressão das pessoas, desde que usada conscienciosamente.”
