quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Esgoto a céu aberto causa infestação de ratos

A cidade de Paraisópolis enfrenta um grave problema de redes de esgoto entupidas, ou mal inutilizadas, que deixam vácuos que servem de moradia para ratos e outros bichos. O crescimento da cidade fez com que sua estrutura não suportasse o esgoto gerado, o que faz com que este corra á céu aberto em vários pontos da cidade, consequentemente gera a infestação de ratos e outras pragas, principalmente nas áreas periféricas.

Segundo dados do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) o esgoto é misturado em pelo menos 70% com a rede fluvial. Apenas 30% do esgoto emitido não têm ligação com a água. O centro da cidade está livre do problema, possui canalização adequada, que é chamado de ETE (estação de tratamento de esgoto).


A vigilância sanitária faz o serviço de manutenção, que é diário, mas que sem uma prevenção torna-se em vão. São utilizados venenos específicos, que tem alto custo para o município, e que segundo Carlos Alberto Venésio Gomes, Técnico em Vigilância Sanitária de Paraisópolis, acaba por não solucionar o problema, por falta de estrutura.


A cidade é dividida em pontos no mapa em concentração de focos: alta, média, baixa e controlada, o que possibilita ao técnico, saber o grau de concentração dos focos de ratos nos locais visitados. E de acordo com o Técnico os pontos mais críticos na cidade localizam-se na Vila São Luis, Vila Água Férrea e Jardim Felicidade, onde o esgoto corre á encontro da água sem nenhum tratamento específico.


Apesar do investimento na construção de coletores, interceptores e emissários ser alto, sanaria o problema por inteiro, segundo Josy Maria Cabral Ribeiro, funcionária da Vigilância Sanitária.


O Diretor do SAAE, José Roberto de Alvarenga, que assumiu a diretoria esse ano, diz não ter muito conhecimento do que foi feito nas gestões anteriores á respeito, mas diz que há um projeto para sanar o problema de infra-estrutura na cidade, que engloba toda a estação de tratamento de água e esgoto, e será feito pelo SAAE em conjunto com a Prefeitura. Cita ainda que a estação de tratamento precisa de receita de ordem nacional, se estimada 20 milhões de reais, o que é inviável para a cidade. Já foi feita a inscrição na secretaria do estado, para a aquisição de verba, e depois de iniciada a obra deve levar de 8 a 10 anos para ser concluída.


“José Roberto Alvarenga afirma não ser o esgoto o principal o motivo da proliferação de ratos na cidade, segundo ele a população é a principal causa.”


De acordo com uma lei federal, até 2017 a obra tem de estar pelo menos iniciada.


Ezequiel Ferreira, morador do bairro Água Férrea, reclama do constante aparecimento de ratos e gambás em sua casa, e afirma: “os agentes colocam o veneno frequentemente, que parecem mais vitaminas para ratos, quanto mais colocam veneno mais aparecem.”


Outra moradora do bairro Vila São Luis, Creunice Ferreira da Silva Barbosa diz que o problema é constante, por mais veneno que coloquem, não diminui a quantidade de ratos, e a cada dia aparecem maiores.


Valdirene Aparecida da Silva Afonso do Bairro Água Férrea, conta que próximo a sua casa, corre um esgoto a céu aberto, onde é possível ver os ratos passeando.

1 comentários:

Unknown disse...

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